quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estação Arqueológica do Alto do Calvário

Visita à Estação Arqueológica do Alto do CalvárioTurma C – 10º ano


No dia 20 de Abril de 2012, no âmbito da disciplina de História, a turma C do 10º ano foi explorar a estação arqueológica de Miranda do Corvo, com a professora Maria João Costa.

A nossa visita começou com um pequeno enquadramento do projeto, que surgiu no âmbito da Rede Urbana dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego. Este projeto consistiu em duas sondagens, na torre e na cisterna para identificar vestígios da possível fortificação existente e os momentos de ocupação do local.






Com as escavações encontraram-se e identificaram-se o derrube da muralha, que se julga ter acontecido após o abandono da fortificação; as escadas de pedra de acesso à Torre Sineira, que se acredita terem sido construídas após a transformação do castelo em residência senhorial, que anteriormente não existiria devido às invasões efectuadas durante a Reconquista.

Infelizmente com poucos ossos à vista, pudemos deparar-nos com um ossário datado do século XX, junto à torre, consequente da limpeza da Cisterna. Estes ossos, juntamente com os encontrados na antiga necrópole, encontram-se em laboratórios para estudos. Na Necrópole, a ocupação mais antiga na zona, encontraram sepulturas (29) escavadas na rocha (xisto), sendo estas antropomórficas. Algumas sepulturas teriam tampa e pedras de cabeceira, tendo sido reutilizadas (pois foram encontrados 35 esqueletos) e sobrepostas.

Já perto da Cisterna encontram-se também sepulturas, com orientações diferentes e nitidamente sobrepostas, sendo não antropomórficas. Aí também se encontra um alicerce de estrutura pétrea, que provavelmente pertence a uma fortificação primitiva.

Rematando a nossa visita, explicaram-nos a importância do cabeço e as tentativas de dignificá-lo, destacando o Padre Fernando Coimbra na década de 50. Com este objetivo o padre artista Monsenhor Nunes Pereira criou os painéis da Via Sacra, com grande sensibilidade e sentido estético, de modo a contribuir para o alargamento da cultura de cariz popular, com simplicidade e de leitura e compreensão fáceis para as massas.

Achei a visita bastante interessante, apesar do tempo não nos ter facilitado. Espero poder descobrir mais factos históricos da nossa terra e não só, através de mais visitas como estas.

Beatriz Sousa nº 11, 10ºC

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