quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

FÓRUM - Interrupção Voluntária da Gravidez (Aborto)


FÓRUM - Interrupção Voluntária da Gravidez (Aborto)


A Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), ou vulgo - aborto, - depois de uma primeira consulta em 1998, vai mais uma vez a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro.

O Preto no Branco, - consciente de que entre a população estudantil do básico e secundário muitos se encontram que gostariam de dar o seu voto por um SIM ou por um NÃO, mas não podem, - foi sondar e apresenta a opinião de dois estudantes, um anónimo outro destemido.

Todos os interessados poderão participar na discussão, para isso deverão deixar os seus comentários seguido o 'link' dos comentários na infra do texto.


«Como membro da sociedade estou indignado com certos problemas relativos ao aborto em Portugal.
Por um lado, pela quantidade de mulheres que entram todos os anos nos hospitais com problemas devidos a abortos em clínicas clandestinas e por consequência trazem problemas para toda a vida, como a infertilidade, e, em muitos casos, a morte. Por outro lado, acho que o estado não dá liberdade de escolha a uma mulher que numa altura menos boa da sua vida fez um aborto, por falta de meios para sustentar a criança, por não a desejar ou por outros motivos, achando por melhor puni-la até três anos de prisão e humilhá-la perante a sociedade.
São estas as principais razões pelas quais eu sou a favor da despenalização do aborto.»


Anónimo (9º ano)


«Vai a votos no próximo Domingo, a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, igualmente conhecida como Aborto. Para mim, uma despenalização que apenas acontece em teoria, mas que na prática é uma liberalização, visto deixar de existir um único elemento persuasor que leve a mulher a não abortar. É certo que não concordo com julgamentos e penas de prisão como método para levar as mulheres a não abortar, mas este sentido de liberdade para abortar assusta-me profundamente.
Sinceramente sou contra esta votação e discussão em torno da despenalização da IVG. Acho que o problema não está no acto em sim, mas naquilo que se poderia e pode fazer para o evitar. Não censuro as mães que prescindem de dar à luz os seus filhos na consciência que não lhes podem dar uma vida digna e feliz, e acho que era aí que se devia trabalhar. Devia-se trabalhar de forma a dar à mulher a liberdade de opção que a pergunta do referendo aborta, mas que é uma liberdade relativa.
A mulher tem duas escolhas, ou, pelos menos, deveria ter, ou dá uma vida em boas condições ao seu filho, ou aborta. É esta a escolha que a mulher deve fazer e a escolha que a pergunta do referendo de Domingo próximo cita. O problema é que uma grande percentagem das mulheres que abortam não tem as boas condições de vida para dar aos seus herdeiros, logo, só lhes resta uma opção, o aborto. E uma escolha só se faz de entre várias opções e não de apenas uma.
Vejo isto também de uma perspectiva mais global e social. A natalidade em Portugal já é bastante baixa e a população do país bastante envelhecida. A “liberalização” (que é como vejo este referendo) do aborto seria mais um passo para o envelhecimento e eventual destruição da sociedade do nosso país. Um pequeno passo, talvez, mas, ainda assim, mais um.
Tenho mais argumentos para estar contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, mas gostaria de não me alongar mais e de não entrar em alguns argumentos e opiniões mais radicais que tenho.»

Cumprimentos a Todos os Leitores
Pedro Almeida (11ºB)

1 comentário:

Anónimo disse...

Acima de tudo é necessário ser pessoa consciente...