Publica-se na íntegra a notícia, de 13 do corrente mês, publicada no Diário As Beiras, segundo informação à Agência Lusa pelo Presidente do Conselho Executivo, Fausto Luís, entre outros, onde se dá conta da exiguidade e falta de salas na Nossa Escola.
Uma nova escola em Miranda do Corvo, orçada em mais de três milhões de euros, a funcionar desde o início do ano lectivo, mas ainda por inaugurar, já está com falta de salas para os seus alunos.O caso promete causar alguma polémica a nível local e mesmo Fausto Luís, presidente do conselho executivo da nova Escola Básica 2,3 e Secundária de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, assegura ter alertado para "a eventual falta de sala de aulas quando o projecto foi apresentado"."Mas, ainda fui questionado por um responsável do Ministério [da Educação] sobre se estava a boicotar a obra", lamenta Fausto Luís, que hoje confirma os seus receios."Estamos com falta de salas de aulas para os alunos dos currículos alternativos, que estão a ocupar gabinetes não específicos para a função", disse ontem à Agência Lusa.O novo estabelecimento de ensino veio substituir os antigos pavilhões pré-fabricados do final da década de 70 e é frequentado por cerca de 700 alunos, sendo a tendência para aumentar o número de estudantes, segundo alguns professores ouvidos pela agência Lusa.As obras, que tiveram início em Abril de 2005, consistiram na construção de três blocos de dois pisos – um para cantina e refeitório, outro para serviços administrativos e um exclusivamente para salas de aula.No âmbito da intervenção, foi também reformulado um bloco já existente de dois pisos, com a colocação do elevador, aquecimento central e substituição da cobertura.Inicialmente, foi equacionada a construção da nova Escola Básica 2,3 e Secundária de Miranda do Corvo noutro local mas, por pressão da comunidade escolar, as novas instalações acabaram por ser edificadas no sítio das anteriores, no centro da vila, a escassas dezenas de metros da estação de caminho-de-ferro.Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, explicou que "o projecto foi feito pela Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), tendo em conta as necessidades e o número de alunos"."O envolvimento da autarquia residiu na denúncia perante o Governo da existência de uma escola a funcionar em pavilhões pré- fabricados e da necessidade de ser construída uma nova escola em Miranda, que desse resposta à comunidade", frisou a autarca.Para Fátima Ramos, "foi uma satisfação quando conseguimos que o Governo lançasse o projecto e construísse a escola, numa altura em que existiam dificuldades por causa da construção da Escola Ferrer Correia, no Senhor da Serra".A autarca social-democrata acrescentou que dispunha de informações da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), segundo as quais "as actuais instalações dispunham de uma capacidade maior do que o actual número de alunos, com uma margem para mais 100 alunos"."Mesmo que a escola tivesse sido construída noutro local, a dimensão seria a mesma, apesar de ter a vantagem de ficar com um pavilhão polidesportivo dentro do perímetro escolar e as ampliações futuras serem mais fáceis", referiu ainda Fátima Ramos.Apesar dos contactos efectuados pela agência Lusa, não houve, até ao momento, nenhum responsável da DREC disponível para comentar a situação.
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